Mudanças como a estabilidade do mercado e a soma zero traz diferentes desafios e nova visão sobre a concorrência para as marcas, afirma a Kantar
Durante o evento Kantar Talks, a Kantar, apresentou mudanças e tendências que impactam o mercado no Brasil e no mundo, fornecendo diretrizes para que as empresas possam crescer, adaptando suas estratégias e campanhas de comunicação.
Em um cenário global onde a transformação constante é a única certeza, o relatório Energias Globais, da Kantar, realizado em 26 países, por meio de 34 mil entrevistas, evidenciou as oito principais tendências que se tornam cada vez mais importantes para o consumidor. A primeira delas é a preocupação com a responsabilidade, social e ambiental, seguida pela busca incessante por experiências positivas, bem-estar físico e espiritual, conexões humanas mais relevantes, fluxos flexíveis e simplicidade. Para completar, o consumidor atual também deseja preservar sua identidade, que é única e foge de estereótipos, bem como ter proteção, seja física, digital, ambiental ou financeira.
“Parece complexo e é, mas para crescer e se manter no topo as empresas devem ter conhecimento sobre esses conceitos, a fim de atender as necessidades do consumidor, que se refletem na interação com as marcas e principalmente nas decisões de compra”, comenta a presidente da Kantar no Brasil, Sonia Bueno.
Mudanças e tendências no perfil do consumidor
Essas novas tendências criam um consumidor “multi”. Ou seja, um consumidor que se abre para novas perspectivas, tem mais opções de marcas e busca canais específicos para sua compra. Ele procura o que lhe proporciona experiências mais valiosas, faz trocas, explora novas marcas e categorias e abandona antigas. Além disso, ele frequenta menos vezes o ponto de venda. E tudo isso faz surgir novos nichos de mercado. “Antes buscava-se alimentos menos calóricos. Hoje, hoje também há uma busca por segmentos como “sem glúten” e “sem lactose”. Dessa forma, isso significa uma oportunidade e um desafio para as empresas”, afirma a managing director da Kantar, Elen Wedemann.
De acordo com Elen, existe mais dificuldade para as grandes marcas crescerem, seja por penetração ou frequência. “Para essas marcas conseguirem crescer ainda mais é necessário que elas usem diferentes canais e atentem-se que a decisão de compra é uma combinação de ocasião, benefício, necessidade e experiência”, diz.
Como as marcas podem crescer e se manter no topo
A disrupção tornou-se a palavra do momento e algo vital para as empresas crescerem e se manterem no topo. Porém, de nada adianta se essa diferenciação não trouxer um valor real para o consumidor. O ranking BrandZ, da Kantar, que mensura o valor das marcas há 14 anos, detectou que, na comparação entre os rankings de 2006 e 2019, oito diferentes empresas aparecem entre as dez maiores. Quase todas as empresas são do ramo de tecnologia.
“As mudanças nos hábitos de consumo, produtos, mídia e tecnologia ditam quem atinge e quem se mantém no topo. Está muito difícil crescer e mais difícil ainda é manter o crescimento”, garante a CEO da Kantar, Valkiria Garré. De acordo com ela, entre 2006 e 2019, entre as 100 maiores marcas do mundo, 52 mudaram, ou seja, mais da metade.
O segredo para o sucesso está na combinação de três itens básicos: relevância, diferenciação e conhecimento. É fundamental que as empresas encontrem as necessidades dos seus consumidores. Assim, para que possam ir além de onde já estão estabelecidas, foquem em nichos de mercado, personalizem seus produtos e serviços, cheguem mais facilmente ao consumidor e adotem novos modelos de negócios. Atualmente, as marcas só crescem se conseguirem se diferenciar, mas o principal é continuar nesse movimento.
Para nortear as marcas, a Kantar definiu, em parceria com o Institute of Real Growth (IRG), sete pilares. São eles: ter uma visão mais ampla do mercado, ter múltiplos modelos de negócios, evoluir as experiências do consumidor, reescrever suas culturas, agilizar a organização, usar o lado direito do cérebro (combinando a análise de dados com a criatividade) e ter um crescimento humanizado.
Fonte: Guia da Farmácia